quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Sociologia da Literatura – I: Leitura de Proust: Uma Abordagem Inspirada por Samuel Beckett.



Sociologia da Literatura – I: Leitura de Proust

Uma Abordagem Inspirada por Samuel Beckett

Jacob (J.) Lumier

DESCRIPTION

Dans ce livre Jacob (J.) Lumier éclaircit sur le probléme de l’individuation burgeoise en matiére de sociologie du roman, pris celui-ci dans sa ambiguité comme technique de communication. Il expose l’approche beckettienne sur la pensée artistique en vue d’enseigner les points basiques de la lecture esthétique de Proust. Y prend relief la definition sur le procedé de l’art comme contemplation du monde indépendément du principe de causalité que nos a donné Schopenhauer, en aboutissant a la conception du Désir lié à la nulité de la volonté au cours de l’expérience artistique-extatique.

La médiatisation par la figure ocultée du narrateur proustien est la referénce pour l’analyse et l’interprétation de l’expression in-voluntaire, dans laquelle, desarmée la logique habituelle et les régles de l’existence empirique, le sujet y concentre ses éfforts pour s’annuler soi-même. De lá, la centralité du théme de la désillusion impliquée dans une philosophie du sentiment comme expréssion de l’individuation. À l’examen de cette philosophie on y voit la tragédie d’ Albertine et le probléme proustien de l’impossibilité dans la possession de l’autre, aboutissant à son tour dans la valeur essentielle de la jalousie comme critérium de l’objectivité littéraire, formée dans le complexe de domination et dans l’ enfantinisme que Beckett souligne en Proust.

Cependant cette description n’est pas limitée au volume deuxiéme de “Le Temps Retrouvé”, mais comprendre aussi le théme de l’intuition littéraire développé dans le volume premier de l’oeuvre citée à la mesure que, par allusion a la phrase de Pascal “le moi est odieux” et a propos du mondainisme, Proust souligne le désir d’exhibition.

< productid="la LITT￉RATURE" st="on">la LITTÉRATURE - I : LECTURE DE PROUST, UNE APPROCHE INSPIRÉE par SAMUEL BECKETT > a été élaboré par Jacob (J.) Lumier sous le régard du sociologue en vue de produire de la bibliographie basique pour la formation dans les Sciences Humaines et actualiser certaines interprétations historiques qui revalorisent le monologue proustien.

Catégories:

Communication, sciences humaines, sociologie, histoire,

théorie littéraire, avant-garde..

Les Mots Clés:

Sociologie/ realité/ roman/ avant-garde/ individualism/ alienation/ fantasie/ artiste/ société/ utopie/ monologue/subjectivity/médiatisation/conscience.

© 2007 by Jacob (J.) Lumier

SOCIOLOGIE de la LITTÉRATURE - I : LECTURE DE PROUST.

UNE APPROCHE INSPIRÉE par SAMUEL BECKETT

Jacob (J.) Lumier

Descrição em português

Nesta obra o autor esclarece o problema da individuação burguesa em sociologia do romance, tomado este em sua ambigüidade como técnica de comunicação. Expõe a abordagem beckettiana sobre o pensamento artístico ensinando quais são os pontos básicos que guiam a leitura de Proust desde o ponto de vista estético. Relevando a definição de Schopenhauer do procedimento da arte como contemplação do mundo independentemente do princípio de causa, destaca a concepção do Desejo ligado à neutralização da vontade na experiência artístico-extática.

A figura velada do narrador proustiano como mediação é a referência para a análise e interpretação da expressão involuntária, na qual, desarticulada a lógica habitual e as regras da existência empírica, o sujeito aplica suas energias em apagar-se a si mesmo. Daí a centralidade do tema da desilusão implicando uma filosofia do sentimento como expressão da individuation. No exame dessa filosofia, sobressaem a tragédia de Albertine e o problema proustiano da impossibilidade em tomar posse do outro, levando por sua vez a pôr em relevo o alcance essencial dos ciúmes, como critério de objetividade literária compondo uma forma do complexo de domínio e do infantilismo que Beckett nota como duas tendências sumamente desenvolvidas em Proust. Todavia a descrição não se limita ao Segundo Volume de “Le Temps Retrouvé”, mas examina o ponto de vista da intuição literária, afirmado igualmente no Primeiro Volume, na medida em que – alusivamente à frase de Pascal de que “o Eu é odioso” e tratando o mundanismo – Proust enfoca o desejo de exibir-se.

<>, uma abordagem inspirada por Samuel Beckett > foi elaborada por Jacob (J.) Lumier sob a mirada do sociólogo em vista de produzir bibliografia básica para a formação nas Ciências Humanas e dar aproveitamento e atualidade às fontes históricas revalorizando a arte de Proust.

Categorias:

Comunicação social, ciências humanas, sociologia, história, teoria literária, avant-garde.

Palavras chaves:

Romance, fantasia, mundo dos valores, conhecimento, realidade, alienação, reificação, coisificação, indivíduo, individualismo, crítica, cultura, psicologia, consciência, sociedade, artista, mediação, subjetividade, consciência, mediatização.

© 2007 by Jacob (J.) Lumier

APRESENTAÇÃO

(INDIVIDUATION [i] e SOCIOLOGIA)

Este ensaio foi elaborado em vista de aprofundar na arte literária de Proust sob o aspecto da mediatização e no quadro da crise de objetividade literária, cujo exame teve início em obra anterior [ii] .O interesse da sociologia no romance é o individualismo. No século XX os sociólogos acentuam que a dificuldade em descrever a biografia e a psicologia do personagem deve-se ao fato de se viver numa sociedade onde o indivíduo já não é o valor predominante. Admite-se que para permanecer fiel à sua herança realista e continuar dizendo como são realmente as coisas, o romance teve que se afastar de um realismo voltado para reproduzir apenas a fachada e teve que promover o equívoco desta. Tarefa por sinal não estranha ao romance que desde o século XVIII com o Tom Jones, de Fielding, já encontrara seu verdadeiro objeto no conflito entre os homens vivos e as petrificadas (ou mumificadas) relações, de tal sorte que a própria alienação se converte assim para o romance em meio artístico (T.W. Adorno).

Como se sabe em história literária, a ação dramática do romance esteve envolvida em uma técnica da ilusão que reservava previamente ao leitor o papel limitado de realizar algo já realizado e participar assim do caráter ilusório do conteúdo representado. Entretanto, simultaneamente à supressão do objeto do romance em face do gênero reportagem no século XX, implicando e alterando a posição do narrador que por diferença do realismo literário do século XIX não mais possui a experiência do conteúdo a ser narrado, nota-se que o caráter ilusório vai sendo suprimido conforme se passe de Flaubert para Proust, Gide, Thomas Mann ou Musil e desemboque no que T.W. Adorno chama “reabsorção da distância estética”. Desse modo vem a ser favorecida a prevalência da relação com o leitor por fora e em detrimento da união autor-personagem-leitor. Daí um tipo de romance cujo impulso é decifrar o enigma da vida externa (o autor literário que não mais possui a experiência do conteúdo evita a pretensão de que sabe exatamente “como foi”, exclui a “pretensão de conhecimento[iii]). Tipo de romance este ao qual se aplica a asserção de que a alienação se converte em meio artístico, de tal sorte que a análise sociológica exige pôr em relevo, além da fantasia, a ambigüidade do romance como técnica de comunicação.

Quer dizer, o aspecto da fantasia já não é acessível sem a mediação da técnica de comunicação. Neste sentido T.W. Adorno remarca que o avanço de Dostoyevski está em ter pressentido que o romance estava obrigado a romper com o positivo e apreensível e a assumir a representação da essência como das qualidades humanas, uma psicologia do caráter inteligível. Daí o surgimento de um narrador como homem no exercício experimental de suas recordações únicas. Daí também, dessa atitude experimental em literatura, em modo especial, um vínculo ao Iluminismo e à liberdade de pensamento que ultrapassa o Eu genérico legado do século XVIII. Portanto, será o narrador como homem no exercício experimental de suas recordações únicas e por esta via não-generalizável vinculado ao Iluminismo e à liberdade de pensamento, que Adorno reencontrará em Proust. Se na arte deste se afirma a recordação pelo monólogo interior – recordação personificada em sua realidade humana pelo narrador prousteano ou mesmo para-além dele – se atualiza igualmente o dilettantismo: o modo de ser do homme de lettres como sujeito social de conhecimentos. Tal é o ponto de vista da recordação que além de experiência não-generalizável se exerce por um proceder experimental, por intenção tenteadora, a saber: a recordação na medida em que se experimenta como esperança ou desilusão fornece o critério que confirma ou refuta para si mesmo as observações do sujeito como indivíduo humano. Tal o caráter do monólogo interior na arte de Proust, caráter artístico criado pelo narrador prousteano como homem experimentado [iv].

Neste sentido, o interesse sociológico na literatura do século XX aprofunda no individualismo para focar-se na própria individuation burguesa, na possibilidade mesma do que constitui ou diferencia um indivíduo de outro indivíduo em contexto de alienação. Daí o domínio conexo entre a estética-sociológica e as teorias metapsicológicas, já que à objetivação do humano nas estruturas corresponde o surgimento da subjetividade, a aspiração aos valores que resta em estado de aspiração, uma cultura que não se individualiza. Daí o simples como pensamento letargado, perplexo, chegando à ataraxia [v], a qual não deve ser confundida às alienações mentais subjetivas, esquizofrenias ou delírios patogênicos em face da realidade e frequentemente provocados no envolvimento do indivíduo em alternativas inconciliáveis para o sentimento de felicidade.

Com efeito, em sociologia a busca da individuação na composição literária de avant-garde deve levar em conta a coisificação não somente como condição da ruptura libertadora, condição negativa, mas como a forma positiva que torna objetivo o trauma subjetivo, como o caráter de mercadoria assumido pela relação entre os homens. O modelo da tradição do romance que vem do século XVIII, desde o Iluminismo, tendo por objeto o conflito entre o homem vivo e as petrificadas relações sociais, é uma referência limitada ao nível ideológico e, falta de crítica social, não atende à exigência de justiça poética, não evita colocar os personagens em injustiça pelo não reconhecimento ou pela descaracterização do perfil neurótico desempenhado. T.W. Adorno acentua a crítica social não só como ponto de vista aproximadamente freudiano sobre a busca da individuação (objetivação do trauma subjetivo), porém equipara a crítica social ao conhecimento de que a promessa humanista da civilização afirma o humano como incluindo em si juntamente com a contradição da coisificação também a coisificação mesma.

Nesse caráter de mercadoria assumido pela relação entre os homens, uma relação que se esqueceu de si mesma – forma positiva que torna objetivo o trauma subjetivo – a busca da individuação passa pela forma reflexa afirmando a falsa consciência que o homem tem de si mesmo e que é decorrente dos seus fundamentos econômicos. Essa falsa consciência configura por sua vez o homem coisificado não somente como uma realidade crítico-teórica, mas dá-lhe expressão como um homem obnubilado diante de si mesmo. Daí, finalmente, desse estado patético procede a figura recorrente na literatura de avant-garde do personagem neurótico como afirmação da individuação buscada no contexto da Standardização e da indústria cultural, o personagem com alcance crítico e por isso com valor artístico positivo. De fato, se a justiça poética é uma noção reflexiva aplicável à utopia negativa como tema configurando o campo da arte e literatura de avant-garde e se vale para designar o modo pelo qual o autor, como artista, deve observar e aplicar a forma de objetivação na composição dos personagens, sua figuração da ataraxia (ou até mesmo da ancilose [vi], como em “A Metamorfose”, de Kafka), isto é, sua assimilação ou seu distanciamento para com a crítica social, então temos que a atitude efetiva assumida em face desse modo composicional ou dessa crítica social leva a distinguir um momento positivo e um momento negativo interpenetrados na utopia negativa. É o que T.W. Adorno nos sugere e suas análises esclarecem [vii].

Mas não é tudo. Em suas múltiplas facetas, o domínio conexo entre a estética-sociológica e as teorias metapsicológicas pode ser assinalado igualmente no caráter estranhado da subjetividade daquele que ainda tem história apesar da fixação do Sempre Igual da produção em massa, caráter que se observa em certas formas de arte de avant-garde do século XX, como o surrealismo. Neste, se configura uma tensão entre esquizofrenia e coisificação marcando a individuation na era da modernidade e que se descarrega na catarse ou shock surrealista. Sustenta T.W. Adorno que se as formações surrealistas têm analogia com o sonho em psicanálise por desarticularem a lógica habitual e as regras da existência empírica, todavia elas continuam respeitando as coisas isoladas, separadas violentamente umas das outras do mundo coisificado, continuam respeitando todos os seus conteúdos e até aproximam o humano à figura coisista.

No sonho, o mundo coisista aparece incomparavelmente mais velado ou menos posto como realidade do que no surrealismo, que é a arte sacudindo a arte. Quer dizer, no surrealismo o sujeito atua muito mais abertamente e menos inibidamente aplicando suas energias em apagar-se a si mesmo, enquanto no sonho isso é feito sem necessidade de energia alguma. A diferença é que disso resulta tudo mais objetivo no surrealismo do que no sonho em psicanálise. Neste último o sujeito é ausente por antecipação e se ele dá cor e penetra em tudo o que ocorre o faz entre bastidores. Daí porque as associações dos conteúdos no surrealismo não sejam as mesmas que na psicanálise, embora ambos busquem a expressão involuntária. No surrealismo, onde se tem em vista a coisificação total que o remete totalmente a si mesmo e ao seu protesto, o sujeito dessa expressão involuntária e que dispõe livremente de si, tendo se desentendido de toda a consideração do mundo empírico, revela ser algo des-animado, desprovido do elemento anímico, mítico.

T.W.Adorno sublinha haver uma dialética da liberdade subjetiva em situação de falta de liberdade objetiva de tal sorte que, nas imagens do surrealismo, o que se tem é o abandono pela sociedade burguesa da sua esperança na própria sobrevivência. Daí a aplicação ao conteúdo do surrealismo da frase atribuída ao Hegel de A Fenomenologia do Espírito segundo a qual “a única ação da liberdade geral é a aniquilação que não tem dimensão nem cumprimento interno algum” [viii]. Segundo T.W. Adorno, esta frase que põe em relevo o sentido do “algo des-animado” caracterizando o sujeito da expressão involuntária como desprovido do elemento anímico ou mítico serve para explicar o alcance crítico do surrealismo.

Dessa forma, não surpreende que tenhamos acentuado a interconexão metapsicológica da leitura de Proust neste nosso ensaio. Assim, sob o valor da notoriedade na relação de prestígio dos freqüentadores proustianos dos Salões parisienses, nos anos que precederam a década de Vinte, os autores afeitos à sociologia literária da vertente psicanalítica observam o que Theodor W. Adorno classificou de “um decisivo complexo”, designando o esnobismo como vontade de superar ou tornar sem importância o medo do tabu mediante o ingresso entre os iniciados [ix]. Nas observações deste autor será com referência à percepção desse “decisivo complexo” que se pode constatar não só a aproximação de Kafka a Proust, mas um certo paralelismo entre, por um lado, estes dois grandes artistas-escritores, através notadamente do primeiro, e por outro lado o pensamento de Freud na obra “Totem e Tabu”.

Com efeito, T.W. Adorno sustentará a aplicação da noção de tabu de um rei tirada de Freud como imprescindível para compreender aquilo que em Kafka move aos homens para unirem-se com outros mais altos. Sua análise é suscitada pela questão de como chegar à interpretação do cosmos de Kafka e seu ponto de partida é a hipótese sobre o estatuto da linguagem nas obras deste, marcadas pela inversão da relação conceito/gesto, em que os gestos são resíduos, são os restos das experiências recobertas pelo significar: o gesto é “o assim é”, enquanto a língua “cuja configuração deve ser a verdade”, estando quebrada, é a não-verdade. Segundo T.W. Adorno é a lógica da perspectiva hierárquica em psicanálise que se verifica no esnobismo proustiano como complexo e em Kafka [x].

Mas não é tudo. Para caracterizar a orientação artística de Kafka em sua ligação com a psicanálise, T.W. Adorno nos oferece suas observações mais sociológicas sobre a atitude de Kafka em face do sofrimento, tomado este como estando cada vez mais submetido aos controles racionais do mundo da comunicação social. De início, comparando com a orientação de Freud em que a psicanálise é voltada para “o desmascaramento do mundo aparencial” tendo em vista as entidades psíquicas como os atos falhos, os sonhos e os sintomas neuróticos – lembrando que dentre estes últimos se incluem os que acometem ao herói K ao crer que os vizinhos o estão observando desde as janelas ou ao ouvir ao telefone sua própria voz cantarolando – T.W. Adorno põe em relevo que em Kafka tais entidades psíquicas são tomadas como “o lixo da realidade”, os produtos do desperdício separados da sociedade evanescente pelo novo que se forma: tal o material único tomado por Kafka ao produzir sua arte. Quer dizer, como em toda a grande arte, a arte de Kafka “domina a ascese diante do futuro” sem esboçar todavia a imagem da sociedade nascente, mas “a monta com os produtos do desperdício”. Em vez de sanar a neurose, “Kafka busca nela mesma a força salvadora que é a do conhecimento”; “as feridas que a sociedade ocasiona ao indivíduo são lidas por este como cifras da não-verdade social, como negativo da verdade. Sua potência é potência da decomposição”. Ao desmantelar a decomposição arrancando a máscara conciliatória que recobre o desmesurado sofrimento submetido aos controles racionais, “o artista não se limita como o faz a Psicologia a ficar junto ao sujeito, mas penetra até o meramente existente detectado no fundo subjetivo com a caída da consciência ao perder toda a auto-afirmação”.

T.W. Adorno sugere a aplicação da abordagem de Kafka como exemplar à literatura que interpela a individuação burguesa, incluindo Proust e Joyce. Trata-se de subtrair a psicanálise para confrontar o especificamente psicológico notado na concepção que “faz derivar o indivíduo a partir de impulsos amorfos e difusos”, isto é faz derivar o Eu do Isto[xi] convertendo a pessoa de entidade substancial, de ser em vigência do anímico, em “mero princípio de organização de impulsos somáticos”. A via de Kafka seria voltada para reinventar a psicanálise, tratando a esta em uma série experimental em vista de verificar o que aconteceria se as asserções da mesma “fossem certas não metafórica e mentalmente, mas sim materialmente”, tomando-a mais ao pé da letra que a própria psicanálise, mas, desta forma, pecando contra a sua regra de simples desmascaramento do mundo aparencial, desmascaramento pelo qual a psicanálise “prova à cultura e à individuação burguesa sua mera aparência”. Daí a compreensão de T.W. Adorno equiparando a caída da consciência uma vez desprovida de auto-afirmação à caída do sujeito como engenho, lembrando a imagem de mônada leibntziana fechada, sem janelas, mas tomando-a como o foco irradiador da narrativa de Kafka ou, no dizer mesmo de Adorno: “a mônada sem janelas prova ser lanterna mágica, mãe de todas as imagens, como em Proust e em Joyce”.

Acresce que, coerente com essa interpretação do foco da narrativa por monólogos irradiando-se de uma consciência-mônada, T.W. Adorno acentua as experiências desprovidas de normas que em Kafka circunscrevem a própria norma [xii] como expressando o permanente déjà vu, que é o déjà vu de todos: o fim oculto da arte de Kafka é a disponibilidade, a tecnificação e a coletivização do déjà vu [xiii] .

Finalmente, note-se que a interconexão metapsicológica neste nosso ensaio encontra-se igualmente afirmada na aproximação beckettiana sobre a obra de Proust. A conjectura estética essencial de Beckett para a memória involuntária de Proust, seu modelo de reduplicação alcançado pela e na experiência artístico-extática, afirmando como coerente a hipótese de um dado esquecido cristalizado na vida interior, tem respaldo na teoria metapsicológica de Alfred Adler [xiv], em que o modo pelo qual o indivíduo amolda seu caráter passa através de um mundo imaginário e belo no qual a vontade de finalidade pode restar indemne, conforme o desejo de precedência. De tal sorte que, nesta teoria metapsicológica afirmando o instinto do Eu é a tensão para o objetivo fictício fixado que toma o lugar da pulsão i-nata e saída das profundezas do ser que era a libido de Freud. Há uma trajetória pela qual o indivíduo constrói ele mesmo seu personagem com base em uma imagem ideal ou utilizando-se da comédia e da ficção. Vale dizer, o Eu, no plano do sentimento, efetua uma sorte de compensação pela ficção em tal maneira que a incerteza dolorosa em suportar é não só reduzida a sua mais simples expressão, porém, na seqüência, vem a ser transposta no seu pólo diametralmente oposto, o objetivo fictício, que se torna, então, o alvo de todos os anseios, de todos os sonhos e de todos os afetos.

© 2007 Jacob (J.) Lumier


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO – pág. 13

PREFÁCIO – pág. 23

TEMPO, HÁBITO, MEMÓRIA ou

AS METÁFORAS DE JANUS:

Beckett e a Memória Involuntária em Proust – pág. 29

SOB A VISÃO DA AVÓ:

A experiência artístico-extática na

Análise beckettiana do leitmotiv na obra de Proust – pág. 36

SOB A VISÃO DE ALBERTINE:

A filosofia estética do sentimento

como expressão da individuation – pág. 49

SOB O MILAGRE DE ANALOGIA:

O Êxtasis Artístico e a Necessidade da Arte – pág. 58

SOB O SOFRIMENTO NÃO TEMATIZADO:

Mundanismo, frivolidade elegante, esnobismo no

Primeiro Volume de Le Temps Retrouvé – pág. 70

NOTAS COMPLEMENTARES – pág. 91


ÍNDICE REMISSIVO – pág. 103

ANEXO

A ARTE DA MONTAGEM NA

FILOSOFIA LITERÁRIA DE ERNST BLOCH – pág. 108

SOBRE O AUTOR – pág. 125

ÍNDICE ANALÍTICO – pág. 130

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SOCIOLOGIE de la LITTÉRATURE - I : LECTURE DE PROUST.

UNE APPROCHE INSPIRÉE par SAMUEL BECKETT

Jacob (J.) Lumier

PREFÁCIO

Imaginamos que o objeto de nosso desejo é um ser que pode se entregar a nós encerrado em um corpo. Porém, ai!!! [tal objeto] é o prolongamento desse ser até todos os pontos do espaço e do tempo que ocupou e ocupará. Se não temos contato com tal lugar e com tal momento não possuímos a esse ser. Mas não podemos alcançar todos esses pontos”.

O sublime da memória involuntária sugere a Beckett uma interpretação de Proust centrada na imagem de que a impossibilidade para alguém possuir o outro pode ter a nobreza do trágico, uma interpretação acentuando a individualidade extrema da experiência artística, tida por incomunicável, elemento de negatividade caracterizando o artista em sua atividade singular. Pela mirada beckettiana, houvera Proust recusado sacrificar “a única essência real e incomunicável de “uno mismo” às exigências de qualquer hábito de conversar”, preservando desse modo “a assimilação espiritual do imaterial tal como o artista o extrai da vida”. A individualidade extrema como qualidade do sujeito da expressão involuntária compreende o caráter estranhado da subjetividade daquele que ainda tem história em contexto da produção em massa, a que T.W. Adorno atribui a tensão entre esquizofrenia e coisificação, enfocando nesse modo a individuation na era da modernidade sob o prisma do algo des-animado ou desprovido do elemento anímico, em cujas imagens, mais do que o abandono pela sociedade burguesa da sua esperança na própria sobrevivência, se reflete a denúncia da ausência de esperança à própria ausência de esperança. Quer dizer, na expressão involuntária, desarticulada a lógica habitual e as regras da existência empírica, o sujeito aplica suas energias em apagar-se a si mesmo. Daí a centralidade do tema da desilusão.

Ou seja, em l’approche beckettiana se admite haver um ego das aspirações do ontem e um ego para as do hoje e que nessa diferença não há logicidade, não há sistema algum de sincronização em o sujeito B se decepcionar com a trivialidade de um objeto preferido pelo sujeito A. Então, será do ponto de vista da diferença inserindo-se no desejo mesmo que se configura l’approche beckettiana a nos oferecer inicialmente uma análise da desilusão em face do que chama nulidade da consecução ou da realização invisível dos sentimentos. Sustenta-se por um lado que a incapacidade em apreciar nossa alegria comparando-a racionalmente à nossa tristeza põe em relevo o sentido em que a memória voluntária em Proust carece de valor como instrumento de evocação proporcionando nada mais que uma imagem tão alheia do real quanto o é o mito tirado de nossa imaginação. Vale dizer que qualquer esforço intelectual consciente para reconstituir o impensável ou invisível como uma realidade revela-se infrutuoso.

Por outro lado, admitindo não somente que, em decorrência, a identificação do sujeito ao objeto do seu apego escapa a qualquer relação lógica, mas que o alcance pelo sujeito do objeto do desejo atende a um desses milagres de coincidência em que o calendário dos fatos corre paralelo ao calendário dos sentimentos, neste caso, teríamos uma consonância tão perfeita quanto o estado temporal da consecução elimina tão precisamente o estado temporal da aspiração de tal sorte que, no fim, o real parece o inevitável. É pois em relação ao real impensável assim aparecido, inalcançável pelo esforço intelectual então ressentido como desilusão que se compreende o sentido da memória in-voluntátria em Proust, posto haver somente uma impressão real e um modo de evocação adequado e não dispomos de controle sobre nenhum dos dois.

Mas não é tudo. Essas observações iniciais sobre o enraizamento profundo no indivíduo humano da desilusão estão integradas em uma reflexão envolvendo os vários níveis da transação entre o indivíduo e seu contorno pela qual Beckett nos oferece certa aproximação de Proust e Schopenhauer. O cerne dessa reflexão em torno à definição de Schopenhauer do procedimento artístico como contemplação do mundo independentemente do princípio de causa não está limitado somente na exposição de uma teoria de transição contida na solução proustiana, mas compreende exatamente uma interpretação da fórmula solucionadora de Proust opondo o Hábito como uma segunda natureza a uma primeira natureza tomada por sua vez como livre das maldades e encantos daquela. Em face desta fórmula, l’approche beckettiana desdobra-se pela compreensão de que essa primeira natureza, por via de conseqüência, não só corresponde a um instinto mais profundo do que o mero instinto do organismo à auto-conservação, mas se revela diretamente ao ego durante tais períodos de abandono, durante os momentos de suspensão do Hábito.

Então, naquela primeira natureza trata-se da capacidade espontânea do ego em apreender diretamente o modelo de duplicação composto na experiência artística. Antes, porém, notemos que tomando as maldades e encantos da metáfora proustiana como sendo as da realidade, se admite em reflexão estética uma forma de percepção propriamente artística correspondendo a tais encantos da realidade. Ou seja, quando se percebe o objeto como particular e único e não só como pertencendo a um grupo; quando o objeto aparece independente de qualquer idéia geral e separado da sensatez de uma causa, “isolado e inexplicável à luz da ignorância”, só então pode ser fonte do encanto poético. O problema, a dificuldade é que no dizer de Beckett o Hábito vetou essa forma de percepção, segregando uma ação que consiste precisamente em esconder a essência, o caráter acessível do objeto individuado na bruma do conceito-preconceito. Todo o esforço da reflexão beckettiana é mostrar como acontece e o que significa na obra romanesca de Proust a suspensão da função do Hábito, a suspensão dessa contínua adaptação e readaptação de nossa sensibilidade orgânica às condições dos mundos do Hábito, em referência do qual o sofrimento representa a supressão dessa função, seja por negligência ou insuficiência, enquanto o tédio representa a sua realização. Segundo Beckett na obra romanesca de Proust a composição pode ser equiparada a um pêndulo oscilando entre esses dois extremos: o sofrimento, que lança uma ponte para o real e é a condição primeira da experiência artística; e o tédio, o mais tolerável dos males humanos por ser o mais permanente.

Há que penetrar, portanto, na série interminável de renovações para buscar os esforços de escavação poética e não tomá-la como uma progressão, o que nos deixaria indiferentes. A teoria proustiana de transição operada por Beckett volta-se exatamente para os períodos que separam adaptações consecutivas e os enfoca como as zonas perigosas da vida dos indivíduos: arriscadas, precárias, dolorosas, misteriosas e febris quando por um momento o tédio em viver é substituído pelo sofrimento no ser: é substituído pelo livre jogo de todas as faculdades ou estados de ânimo do indivíduo humano. Em seus enunciados as leis da memória estão sujeitas às leis mais gerais do hábito na medida em que o hábito é uma transação entre o indivíduo e seu contorno, entre o indivíduo e suas próprias excentricidades orgânicas funcionando como garantia de uma opaca inviolabilidade de sua existência. Em l’approche beckettiana há uma escala de valores sob o imperativo de objetivação da vontade do indivíduo, ou seja: se o mundo é uma projeção da consciência de si dos indivíduos, o pacto de garantia deve renovar-se continuamente. Daí falar-se que a vida é uma sucessão de hábitos tanto quanto o indivíduo é uma sucessão de indivíduos.

Finalmente, em relação ao critério de objetividade literária proustiana, o sujeito da expressão involuntária que em l’approche beckettiana corresponde ao sujeito da experiência artístico-extática, extensão da individuation na diferença intrínseca ao objeto do desejo, é afirmado nos ciúmes tornados tão ferozmente hipertrofiados que compõem o complexo de domínio e o infantilismo do (neurótico) narrador proustiano. Tanto é assim que este último formula um juízo de valor sobre o objeto do desejo afirmando que o apego mais exclusivo para com uma pessoa sempre é apego em relação a alguma outra coisa; que, em modo metafórico, na insignificância dela existe uma corrente misteriosa levando-o a adorar uma deusa implacável cuja condição é a decomposição e cujo culto faz nascer a humanidade, a saber, a Deusa Tempo: “nenhum objeto estendido nessa dimensão temporal suporta a posse, lograda somente mediante a completa identificação de objeto e sujeito”. É esse conhecimento assim formulado por metáfora, dispondo ao narrador Albertine sob a imagem de uma mulher que carece de realidade e o levando conscientemente a adorar a Deusa Tempo, que permite a Beckett assinar aos ciúmes do narrador uma função essencial, meio para fazer ver a verdade da impenetrabilidade do ser humano mais comum.

O esquema analítico de Beckett não é tão complexo quanto o são sua aplicação e seu desenvolvimento. Baseia-se o mesmo na constatação de que, em uma relação humana proustiana a instabilidade do objeto aprofunda-se para além da sua simples contaminação pela instabilidade de um sujeito inserido no fluir do tempo. Quer dizer, se, na percepção dos fenômenos correntes, o objeto dado é correlativo de um sujeito inserido no fluir do tempo ou de um observador que contamina o observado com a sua própria instabilidade, em uma relação humana nos defrontamos com um objeto cuja instabilidade é independente e pessoal ou, no dizer do próprio Beckett: “dois dinamismos separados e imanentes não relacionados por sistema algum de sincronização”. Daí a inferência referindo qualquer objeto de uma relação humana a uma sede de possessão que segundo Beckett só pode ser por definição insaciável, admitindo todavia que essa orientação de sua análise da relação absolutamente central entre o narrador e Albertine só em maneira muito abstrata pode corresponder ao pensamento estético de Proust. A intenção aqui é acentuar que as criaturas artísticas de Proust são irremediavelmente tomadas por uma condição e circunstância predominante, a saber, o Tempo, e igual nisso aos organismos inferiores são apenas conscientes de duas dimensões, permanecendo pasmadas ante o mistério da altura: “não se pode escapar das horas e dos dias, nem do amanhã nem de ontem”. Dessa forma Beckett põe em relevo o modo pelo qual se inter-relacionam por um lado o problema da Memória e do Hábito, atributos do Tempo, e por outro lado o problema da impossibilidade em tomar posse do outro.

© 2007 Jacob (J.) Lumier

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[1]


[1]


[ii] Lumier, Jacob (J.): L’Utopie Négative dans La Sociologie de la Littérature: Articles au tour de Marcel Proust redigés en Portugais, E-Book, 133 págs, Internet.http://www.lulu.com/content/900345

[iii] A pretensão de conhecimento o colocaria na ordem objetiva espacio-temporal onde predomina a coisificação, entendida esta como a outra face da desmitologização que se desenrola na base do processus de mediação próprio à sociedade de produção para o mercado. A separação irreversível da ciência e da arte está em correlação com a coisificação do mundo. Por isso, na sociologia crítica da cultura a análise da situação do romance do século XX leva à assertiva de que na transcendência estética se reflete o desencantamento do mundo.

[iv] Theodor W. Adorno: “Prismas: la Critica de la Cultura y la Sociedad”, tradução de Manuel Sacristán, Barcelona, Ariel, 1962, 292 pp. Ver o artigo intitulado “Proust”.

[v] No ensaio sobre “The Brave New World”, examinando o meramente existente detectado com a caída da consciência, T.W. Adorno desenvolve uma análise da des-subjetivação levando à ataraxia como subjetividade estacionária na fantasia futurista (regressão da aspiração a valores no indivíduo). É o esquema de uma des-subjetivação pura a que se identificam os sujeitos-objetos (a) – em sua incapacidade para perceber e pensar o que não é como eles mesmos; (b) - em sua auto-suficiência cega de sua própria existência; (c) – em sua imposição da pura utilidade subjetiva. Ver Lumier, Jacob (J.): Futurismo e Utopia Negativa na Crítica da Cultura: elaboração inicial para ler um texto de Theodor W. Adorno in L’utopie Negative dans La Sociologie de la Littérature: Articles au tour de Marcel Proust Redigés en Portugais, págs.93 a 118, E-Book, Internet, 133 págs, http://www.lulu.com/content/900345.

[vi] Segundo T.W. Adorno a redução da contraposição de espírito no sentido dos bens culturais da tradição, por um lado e, por outro lado a natureza como paisagem, imagem criação-sem-dominar mais além da sociedade, leva os homens à impossibilidade absoluta de movimentos, isto é à ancilose. Trata-se do entendimento diferente que o tema central da filosofia burguesa assume pelo tratamento do culto do instrumento tomado como separado de toda a destinação objetiva. Redução que corresponde a certas involuções já existentes no cotidiano da civilização técnica e da sociedade em regime avançado do capitalismo organizado que tendem a se converter em disposições com que a cultura de massa organiza o tempo livre para fazer deste um Standard do decoro infantil.

[vii] Ver Lumier, Jacob (J.): Futurismo e Utopia Negativa na Crítica da Cultura: elaboração inicial para ler um texto de Theodor W. Adorno in L’utopie Negative dans La Sociologie de la Littérature: Articles au tour de Marcel Proust Redigés en Portugais, págs.93 a 118, E-Book, Internet, 133 págs., http://www.lulu.com/content/900345 op cit.

[viii] Cf. Adorno, Theodor. W.: “Notas de Literatura”, tradução Manuel Sacristán, Barcelona, Editora Ariel, 1962, 134 pp., ver págs. 109 sq, ver citação de Hegel à pág.112. Ver Lumier, Jacob (J.): Crítica da Cultura e Surrealismo: para além da Psicanálise, in L’Utopie Négative dans La Sociologie de la Littérature: Articles au tour de Marcel Proust redigés en Portugais, E-Book, 133 págs., Internet, págs.51 a 59, http://www.lulu.com/content/900345.

.

[ix] Cf. Adorno, T.W.: “Prismas”, tradução Manuel Sacristán, Barcelona, Arial, 1962, pág. 267, op.cit.

[x] T. W. Adorno destaca a observação de Freud sobre a distribuição das pequenas diferenças de força mágica do tabu que fazem invejar e que são menos temíveis que as grandes diferenças, sendo por esta forma que a hierarquia do tabu se estabelece, ou melhor, a hierarquia do medo do tabu de um rei. Assim o súdito que teme a grandiosa tentação do contato com o rei – o tabu deste é demasiado forte para o súdito por ser demasiado grande a diferença social entre ambos – pode suportar o rodeio através de um mediador próximo ao rei, tal como um ministro, ao qual não se sente movido a invejar tanto, configurando-se a hierarquia na medida em que o ministro, por sua parte, pode mitigar sua própria inveja do rei considerando o poder que ele próprio detém.

[xi] ID=Isto, em alemão.

[xii] Adorno dá-nos como exemplo significativo dessas experiências desprovidas a cena em uma grande cidade no momento em que um veículo se precipitou sobre um outro, quando “inúmeras testemunhas se acercam e se declaram conhecidos”.

[xiii] Cf. Adorno,T.W.: “Prismas”, tradução Manuel Sacristán, Barcelona, Arial, 1962, pág. 268,269.

[xiv] Ver: Adler, Alfred : “Der Nervose Charakter”, obra de 1922, citada por Ernst Bloch em “Le Principe Espérance –Vol I ” (Paris, Gallimard, 1976) e por este considerada uma teoria válida. Ver Nota Complementar 05.




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